Eleições em São Tomé e Príncipe: Presidente cessante espera respeito e PM pede mais colaboração

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Eleições em São Tomé e Príncipe (Foto de Arquivo)

Moradores em quatro localidades protestaram por água, energia e estradas e impediram a abertura das mesas de volto, mas processo corre normalmente

Mais de 123 mil eleitores em São Tomé e Príncipe e na diáspora escolhem o próximo Presidente da República neste domingo, 18, entre 19 candidatos.

A eleição arrancou às sete horas e termina às 17 horas, com analsitas a apontar para uma segunda volta no dia 1 de Agosto, devido ao elevado número de concorrentes.

O processo decorrer normalmente, mas das 262 mesas em todo o país, quatro delas não abiram as portas porque os residentes de Milagrosa e Ototó (distrito de Mé-Zochi), Mulambo (Lembá) e Praia Almoxarife (Cantagalo) fizeram barricadas para reivindicar por água, energia e melhores estradas.

Depois de votar, o Presidente cessante, Evaristo Carvalho, expressou o seu desejo de que o acto eleitoral “continue tranquilo e que seja de facto uma festa da democracia, como sempre” e que os eleitores exerçam o seu direito de voto “com tranquilidade, sem qualquer atropelo”.

Na conversa com jornalistas, ele disse acreditar que a abstenção “vai ser pouca".

Instado a pronunciar-se sobre o conhecido “banho”, compra de votos, Evaristo Carvalho afirmou que "está a desaparecer na sociedade" que está mais consciente do seu papel.

Carvalho é o primeiro Presidente em exercício que não concorre a um segundo mandato em 30 anos de democracia.

Ele justificou a decisão com a necessidade de dar espaço a novas gerações, mas analistas apontam a falta de apoio do partido ADI, que endossou a candidatura dele em 2016.

PM quer Presidente que colabore

Por seu lado, o primeiro-ministro disse esperar que o próximo Presidente “corresponda às expectativas deste povo e ajude o Governo a resolver os problemas ingentes, desde logo o combate à pobreza, desenvolvimento e crescimento económico".

Jorge Bom Jesus apediu que o eleito possa "dar as mãos" ao Governo e juntar as forças e inteligências, porque a missão dos governantes é resolver da população".

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