O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior acusou as autoridades responsáveis pelas eleições de não respeitarem a lei e disse que o seu partido não será levado para as mesmas “de qualquer forma”.
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O dirigente do Galo Negro disse que as eleições estão a decorrer no pior ambiente de sempre.
Falando na abertura de uma reunião ordinária do Comité Permanente da UNITA, Adalberto Costa Júnior acusou o executivo e os órgãos encarregues de organizar as eleições de estarem a violar constantemente as leis.
"O ministério da administração do território, a CNE devem cumprir a lei, a CNE deve afixar imediatamente a lista dos cidadãos registados até agora, como manda a lei”, disse.
“As instituições estão a violar as leis e nós não podemos aceitar ser conduzidos para as eleições de qualquer maneira, de qualquer forma", acrescentou.
Para Adalberto Costa Júnior “A abordagem destas eleições estão-se a fazer no pior ambiente democrático de todas as outras eleições".
Costa Júnior mencionou aspectos como a justiça e a postura da media em relação aos partidos como os mais flagrantes casos de ilegalidades.
"O excessivo e abusivo uso dos tribunais e da justiça a interferir na vida dos partidos políticos, na comunicação social vemos tempos de verdadeiros escândalos de censura e tratamento desigual entre os partidos", disse o dirigente da UNITA que denunciou igualmente a falta de cumprimento em relação a lei que prevê participação dos cidadãos angolanos na diáspora.
"Feito o balanço, o registo eleitoral só teve lugar em 12 países, é uma vergonha, é inaceitável, incompetência e má fé", disse.
A CNE e o governo não reagiram às declarações do líder da UNITA mas anteriormente a vice-presidente do MPLA, no poder, Luísa Damião disse que as acusações de fraude e de ilegalidades são um pretexto usado pela oposição que “sabe que vai perder”.
Frente Patriótica Unida é para aqueles que “não estão bem na actual situação”
O presidente do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, afirmou nesta terça-feira, 03, em Benguela, que o seu partido abraçou a Frente Patriótica Unida (FPU) para tirar Angola dos carris de um mono-partidarismo disfarçado, apontando como sinais de falta de democracia a ausência de autarquias e a gestão das finanças públicas sem fiscalização da Assembleia Nacional.
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Convicto de que a FPU vai contornar o que chama de barreiras judiciais na caminhada para o contacto com o eleitorado, Vieira Lopes descreveu de “uma vergonha” a incapacidade do estado angolano resolver o problemas dos veteranos.
Na passagem por Benguela após visitas ao Namibe e Huíla, o presidente do BD salientou que o projecto de sociedade da FPU vai permitir colocar as riquezas do país ao serviço dos angolanos.
“Não queremos só resolver problemas ligados à democracia, queremos ver o problema da fome e do desemprego, demonstrando que as potencialidades podem ser utilizadas e usufruídas pelos angolanos, o que não acontece nesse momento", disse.
Filomeno Vieira Lopes diz “primeiros os angolanos”, tal como outro membro da FPU, o líder do projecto Pra-Já Servir Angola, Abel Chivukuvuku, no mais recente pronunciamento público, no passado fim de semana.
“Nós transmitimos mensagem de fé e esperança, o cidadão sabe o que quer: aquele que pensa que está bem pode votar na situação, mas quem acha que precisa de mudar porque a vida vai mal vote Frente Patriótica”, disse Chivukuvuku.