No encerramento da primeira noite da Convenção Democrata virtual nesta segunda-feira, 17, a antiga primeira dama Michelle Obama criticou duramente a liderança do Presidente Donald Trump, acusando-o de ser “a pessoa errada para o cargo no momento crítico por que passa o país”.
O teor da sua intervenção, muito esperada pelos democratas, centrou-se na necessidade de os americanos que querem mudar o país e deixar um mundo melhor para os filhos e para a América terem de sair e votar, mesmo que tenham de “levar café e jantar” no dia 3 de novembro.
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A esposa do antigo Presidente Barack Obama referiu-se especificamente às palavras dela na convenção de 2016: "Quando eles são baixos, nós subimos alto”, e reiterou que "subir é a única coisa que funciona."
Ela acrescentou que “subir agora não significa sorrir e dizer coisas boas quando confrontado com maldade e crueldade, mas subir significa seguir o caminho mais difícil, significa abrir caminho até o topo da montanha”.
Ao referir-se ao Presidente, Michelle Obama afirmou que “ele teve tempo mais do que suficiente para provar que pode fazer o trabalho, mas está claramente perdido”.
Veja Também Kamala Harris entra em campanha com críticas à liderança de Donald Trump“As palavras de um Presidente têm o poder de mover os mercados”, acrescentou Obama, reiterando uma frase que usou no passado: “ser Presidente não muda quem você é, revela quem você é”.
Caos que pode piorar
Ao se referir ao papel que a Presidência deve desempenhar, a antiga primeira dama disse que “sempre que olhamos para esta Casa Branca em busca de liderança, consolo ou qualquer aparência de estabilidade, o que obtemos é o caos, a divisão e uma total e absoluta falta de empatia”.
Depois de revelar comportamentos que ela criticou no Presidente, Michelle Obama avisou que “se (as pessoas) acham que as coisas não podem piorar, acreditem, elas podem, e elas irão se não fizermos uma mudança nesta eleição”.
“Se temos alguma esperança de acabar com este caos, temos que votar em Joe Biden como se nossas vidas dependessem disso”, pediu, dizendo aos eleitores que eles precisam votar em números "que não podem ser ignorados".
Durante duas horas, a convenção completamente virtual centrou-se em discursos e declarações sobre a figura de Joe Biden e críticas ao Presidente Trump.
Entre outros oradores, destacaram-se o antigo pré-candidato presidencial democrata, Bernie Sanders, os governadores de Nova Iorque, Andrew Cuomo, e de Michigan, Gretchen Whitmer, bem como o antigo governador de Ohio, o republicano John Kasich, que concorreu contra Donald Trump dentro do partido em 2016.
A convenção decorre até quinta-feira, 20, quando Joe Biden aceitar oficialmente a nomeação do partido como candidato à presidência nas eleições de 3 de novembro.