O antigo vice-presidente Joe Biden foi confirmado nesta terça-feira, 18, pela Convenção Nacional do Partido Democrata candidato à eleição presidencial de 3 de novembro.
Nesta segunda noite, a mensagem central foi liderança do país e o futuro do partido, com a participação de 17 membros em ascensão, como a ex-candidata a governadora da Geórgia, Stacey Abrams, que chegou a ser cogitada por Biden para ser vice, Jonathan Nez, presidente da Nação Navajo, e Robert Garcia, que nasceu no Peru e foi o primeiro presidente de câmara assumidamente homossexual da cidade de Long Beach, na Califórnia, entre outros.
Veja Também Eleições 2020: Michelle Obama diz que Trump é pessoa errada para o cargo e apela ao voto de todos"Há uma pessoa que cuida de nós - todos nós", disseram, juntos, ao final da mensagem. "E ele é Joe Biden".
A longa lista de intervenientes que desfilaram na convenção centraram o seu discurso na liderança do país.
Entre eles, a filha do antigo Presidente John Kennedy, a antiga embaixadora Caroline Kennedy, e neto de Kennedy, Jack Schlossberg, e o antigo Presidente Jimmy Carter e esposa Rosalyn.
Bill Clinton e o caso no Salão Oval
Um dos principais preletores, foi Bill Clinton que procurou mostrar a diferença entre Donald Trump e Joe Biden.
“Donald Trump diz que estamos a liderar o mundo. Bem, somos a única grande economia industrial a ter a taxa de desemprego triplicada. Num momento como este, o Salão Oval deveria ser um centro de comando, em vez disso, é um centro de tempestade. Existe apenas caos. Só uma coisa nunca muda - sua determinação em negar responsabilidade e transferir a culpa. Ele nunca assume”, afirmou Clinton, que destacou que os democratas estão unidos “para oferecer uma escolha muito diferente: um presidente que vai trabalhar”.
“Alguém com pé no chão, que faz o trabalho. Um homem com uma missão: assumir responsabilidades, não transferir a culpa; concentrar, não distrair; unir, não dividir. Nossa escolha é Joe Biden”, acrescentou o antigo Presidente.
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Outros nomes importantes do Partido Democrata, como o antigo secretário de Estado, John Kerry, dirigiram-se aos telespectadores e internautas com críticas duras contra Trump e em apoio a Biden.
Tal como no primeiro dia, nomes importantes do Partido Republicano manifestaram o seu apoio a Joe Biden.
O antigo secretário de Estado da Administração de George W. Bush e militar de carreira, Colin Powell, manifestou o seu apoio ao candidato democrata dizendo ser preciso "restaurar valores à Casa Branca".
Um vídeo da viúva do antigo candidato presidencial e senador republicano, John McCain, Cindy McCain, sobre a amizade dele com o candidato democrata Joe Biden, foi também um dos pontos marcantes da transmissão virtual
Outra presença inesperada foi a de Sally Yates, antiga procuradora-geral interina, demitida pelo Presidente Trump quando recusou aceitar o decreto presidencial que impedia a entrada de cidadãos de alguns países muçulmanos.
“Desde o momento em que o Presidente Trump assumiu o cargo, ele usou sua posição para beneficiar a si mesmo e não ao nosso país”, disse Yates, acrescentando que agora “tentam sabotar nosso serviço postal para impedir que as pessoas votem, mas o nosso país não pertence a ele, pertence a todos nós”.
O sistema de saúde e a promessa de Biden que reformar o setor com cobertura para todos ocupou boa parte das duas horas da transmissão.
Com o tema principal “liderança importa”, Joe Biden discutiu virtualmente com eleitores as suas propostas de saúde pública.
A noite terminou com um video sobre a esposa do candidato, Jill Biden, cuja intervenção foi feita a partir de uma escola.
Com destaque na educação, ela ressaltou o caráter e a personalidade de Joe Biden, cuja força vem da “sua fé em Deus e nas pessoas” e que sempre esteve e estará do lado dos americanos.
O discurso de aceitação de Joe Biden será na quinta-feira, 20, enquanto amanhã discursará a candidata a vice-presidente, Kamala Harris.
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