A empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) necessita de mais de 160 milhões de dólares para resolver os problemas de frequentes cortes no fornecimento da energia eléctrica, que nos últimos tempos se têm verificado com muita persistência no país.
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Entretanto, o partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) exige mais transparência na gestão da empresa.
Os constantes cortes no fornecimento de energia eléctrica que tem acontecido no país estão longe de chegar ao fim.
A EDM, que detém o monopólio no fornecimento de energia, continua à procura de meios financeiros para fazer face à situação, necessitando 160 milhões de dólares para tal, de acordo com Mateus Magala, presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa.
"Os trabalhos que temos vindo a fazer para eliminar os cortes vêm inserido num programa de emergência que acabamos de desenhar que é um pacote acima de 160 milhões de dólares que vai levar um há dois anos para ser implementado", disse Magala.
Os serviços prestamos pela EDM não preocupam apenas ao cidadão comum.
O MDM, na oposição, exige mais transparência na gestão da EDM, a quem acusa de não garantir a transparência na forma como promove os concursos públicos e adjudicação das empreitadas.
"Nos últimos tempos temos assistido a cortes frequentes e sucessivos de energia eléctrica, é verdade que de uns tempos para cá melhorou, pois houve um tempo que uma cacimba ou ventania paralisava o fornecimento de energia e hoje há melhorias, mas a própria EDM tem grandes dificuldades para fazer a manutenção da própria rede. Hoje a rede da Electricidade está obsoleta porque remonta de há 40 anos a esta parte e são necessários grandes investimentos para essa área, mas também há a questão da transparência da gestão da EDM na adjudicação de concursos desta mesma empresa", acusou Fernando Bismarques, porta-voz da bancada parlamentar do MDM.
Não só de cortes de energia eléctrica vivem os citadinos de Maputo, que há mais de sete dias vivem um autêntico drama para terem água.
A empresa Água da Região de Maputo anunciou que durante 10 dias Maputo e Matola iriam registar restrições no fornecimento devido aobras na sua subestação que enfrenta uma avaria derivada do fornecimento de energia.
Desde Outubro de 2015, a capital moçambicana enfrenta sérias restrições no fornecimento de energia, devido à avaria de um transformador na subestação da Matola, arredores da capital, juntando-se a outro que já se encontrava inoperacional.