06, Fev 2011 - O vice-presidente do Egipto manteve conversações sem precedentes com uma vasta gama de representantes da oposição, incluindo com a ilegalizada Irmandade Muçulmana, procurando organizar um programa de reformas por forma a resolver o levantamento popular contra o governo, que dura há 13 dias.
O vice-presidente Omar Suleiman, reuniu-se, no domingo, com representantes da Irmandade Muçulmana, com elementos da oposição não religiosa e com figuras políticas independentes.
Um dos principais líderes da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, disse à agência noticiosa AP que a sua organização vai manter-se fiel à sua exigência de demissão do presidente Hosni Mubarak, pondo termo ao seu regime de mais de 30 anos.
Entretanto, a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton afirma que Washington irá adoptar uma atitude de “esperar para ver” no que toca ao envolvimento dos islâmicos egípcios nas conversações com o governo do Cairo sobre a resolução da situação política do país.
Numa entrevista dada a uma estação de rádio americana, no domingo, a Secretária de Estado disse que a decisão de envolver a Irmandade Muçulmana nas conversações com o governo sugere que as autoridades egípcias estão a pôr em prática o tipo de diálogo que os EUA sugeriram.
Hillary, que falava durante a sua visita à Alemanha, disse que os EUA foram “muito claros” acerca do que esperam das conversações, nomeadamente, de uma transição ordeira do poder do actual presidente Mubarak para um processo eleitoral, que é o que o povo egípcio quer.