O exército egípcio teria informado o líder islamista a meio da tarde desta quarta-feira que já não era chefe de Estado. Morsi tinha recebido um ultimato dos militares para responder aos manifestantes e encontrar uma solução para a crise política e institucional no Cairo ter expirado.
A constituição egípcia foi suspensa. Um Governo interino está agora encarregue de conduzir o país a novas eleições presidenciais e legislativas.
Os manifestantes anti-Morsi e anti-Irmandade Muçulmana manifestam a sua alegria com o afastamento do preisdente na famosa Praça Tahrir. Isto enquanto milhares de apoiantes da Irmandade Muçulmana encontram-se entrincheirados em pontos estratégicos.
Os últimos acontecimentos seguem-se a uma degradação do clima político egípcio, com o Governo de Morsi, a assinalar um ano no poder, a ser acusado de forçar uma agenda extremista e de recusar qualquer diálogo com a oposição e a sociedade civil. Na semana passada, o Presidente admitiu erros na governação mas responsabilizou os «inimigos do Egipto» pela instabilidade política e a crise económica no país. Os militares responderam-lhe dando-lhe 48 horas (que expiravam esta quarta-feira) para encontrar solução politica de consenso com a oposição.
Noticias não confirmadas indicam que os militares teriam detido mesmo Morsi. O regime do líder conservador eleito era criticado por sectores seculares e pelos aliados ocidentais.