O Presidente José Eduardo dos Santos proferiu nesta segunda-feira 17, o seu último discurso sobre o estado da Nação na legislatura que termina em 2017, com um discurso centrado na economia, no processo eleitoral e na democracia interna e ao nível de Africa.
Santos disse que Angola, está a lidar com a crise melhor que outros países.
No entanto, reconheceu a existência de falhas na execução dos programas económicos, mas afirmou que o conflito armado terminado em 2002 é a principal causa do atraso na abertura do país a uma economia diversificada, por ter deixado Angola infestado de minas.
José Eduardo dos Santos disse que apesar disso Angola alcançou metade das metas definidas pelas Nações Unidas para o desenvolvimento humano.
O Presidente angolano disse, entretanto, que, não obstante a crise que resulta da baixa do preço do petróleo, a economia do país não estagnou, mas apenas "perdeu pujança" e apontou a construção de barragens eléctricas em curso como factor que vai desenvolver o país nos próximos tempos.
Ele sublinhou que a queda dos níveis da actividade económica motivou o crescimento negativo do sector não petrolífero da economia, tendo passado de 8,2% em 2014 para 1,14 em 2015 havendo uma previsão de 1,2% em 2016.
Apontou que os sectores da agricultura, pescas e construção e serviços mercantis como os mais que mais ressentiram dos efeitos da cris, embora o seu crescimento tenha sido positivo.
O Presidente da República anunciou que presentemente a continuidade do esforço do investimento público só é possível com recurso ao endividamento.
Sobre as eleições em Angola, José Eduardo dos Santos manifestou o desejo de que o registo dos eleitores em curso concorre para a transparência da eleições marcadas para do 2917.
No seu discurso o Presidente falou da ameaças latentes constituídas pelas crises e conflitos em África muito particularmente nas regiões central e dos Grandes Lagos e pela pirataria no Golfo da Guiné e dos crimes que se manifestam sob a forma de terrorismo e da expansão do fundamentalismo religioso .
José Eduardo dos Santos afirmou que os processos democráticos em África estão a ser convertidos em factores de instabilidade através da contestação dos resultados e da alteração da ordem constitucional dos países africanos