Dois dos principais partidos políticos de Angola, a UNITA e o PRS esperam que o presidente angolano Eduardo dos Santos aproveite o seu discurso sobre o estado da nação na Segunda-feira para frisar a necessidade de se combater a intolerância politica e a corrupção.
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Desde que foi aprovada a constituição da República em 2010, José Eduardo dos Santos deixou de proferir pessoalmente o discurso sobre o estado da nação por duas ocasiões e não se sabe se ele estará presente na Segunda-feira.
O secretário da UNITA para os Assuntos Eleitorais, Victorino Nhany disse que o presidente deveria aproveitar a oportunidade para frisar a necessidade de se assegurar e melhorar o processo democrático.
“O presidente deve assumir um verdadeiro processo de reconciliação nacional”, disse Nhany para quem como parte do aprofundamento do processo democrático Eduardo dos Santos deveria anunciar o empenho do governo em organizar as eleições autárquicas.
Isso porque elas são necessárias para se combate a pobreza, disse Nhany.
O secretário da UNITA para Assuntos Eleitorais disse ainda que gostaria de ouvir o presidente anunciar “um mecanismo sério para se combater a corrupção” pois esta causa grande pobreza em Angola.
Já o deputado do PRS, Benedito Daniel também frisou a necessidade do presidente angolano critique a intolerância política que, segundo disse tem vindo a aumentar.
“A intolerância sobe vertiginosamente sempre que nos aproximamos de eleições”, disse o deputado do PRS.
“Precisamos de ouvir palavras do presidente para que a intolerância diminua porque ela contribui para a instabilidade e pode resvalar para algo mais perigoso”, acrescentou.
Benedito Daniel disse esperar que o presidente da república aproveite o discurso sobre o estado da nação para falar sobre as promessas do seu governo que não foram cumpridas.
“Houve promessas eleitorais e os eleitores querem saber porque não foram cumpridas”, disse o deputado do PRS.
“Portanto esperamos que alguma coisa será dita quanto ás falhas”, acrescentou.
O analista político António Vasco espera que questões de política externa venham também a ser abordadas particularmente no que se refere à região dos Grandes Lagos e à situação na vizinha Republica Democrática do Congo