O juiz federal brasileiro Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou nesta quinta-feira, 30, o deputado cassado e antigo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha a 15 anos e 4 meses de reclusão por corrupção passiva pela solicitação e recepção de vantagem indevida no contrato de exploração de petróleo em Benin, por três crimes de lavagem de dinheiro e dois crimes de evasão fraudulenta de divisas.
A defesa do deputado cassado informou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.
O ex-presidente da Câmara foi preso no dia 19 de Outubro de 2016, em Brasília.
Sérgio Moro absolveu Eduardo Cunha de lavagem de dinheiro em relação a uma transferência bancária internacional porque, de acordo com o juiz, os valores não foram provenientes de vantagem indevida e de evasão de divisas em relação à omissão de saldo de contas mantidas no exterior.
Segundo a sentença, Eduardo Cunha recebeu cerca de 1,5 milhão de dólares.
O Ministério Público Federal acusou Eduardo Cunha de receber luvas em contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin.