A companhia de bandeira moçambicana enfrenta uma profunda crise de gestão, a administração das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) a dizer que não sabe quando os serviços voltarão à normalidade.
Your browser doesn’t support HTML5
O Governo, por seu lado, projecta uma intervenção urgente por forma a responder às queixas dos passageiros.
Economistas lamentam que o Governo ainda não tenha definido a modalidade em que deve funcionar a companhia, neste momento em situação de quase insustentabilidade.
Todas as análises que se fazem sobre a LAM não são favoráveis à companhia, onde, nos últimos tempos, os atrasos e cancelamentos de voos e aviões têm sido sistemáticos.
O economista António Francisco diz que esta "é uma boa oportunidade que o Governo deveria utilizar para clarificar como é que uma empresa destas poderia tornar-se mais eficiente e, sobretudo, não trazer encargos para os contribuintes e para o Estado".
Por seu turno, o economista João Mosca lamenta que o problema das empresas públicas ainda não esteja resolvido e reforça que "o Governo tem culpa nisso".
No caso da LAM, muitas vezes assume-se uma atitude de dizer que esta é a empresa de bandeira e de referência, mas para o economista António Francisco, "justificar uma empresa pelo facto de ser bandeira, não é uma boa justificação, sobretudo se os custos são maiores do que os benefícios".
Francisco destacou ainda que o Estado deve garantir que as empresas públicas, em vez de prejuízos, tragam benefícios "e contribuam para as receitas e para a qualidade do serviço e forcem as outras empresas a tornarem-se concorrentes".