Economistas e analistas angolanos disseram ser necessário um maior controlo aos gastos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
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A reação surge depois de o Governo ter revelado que os municípios do país no âmbito do (PIIM) já consumiram cerca de 14 mil milhões de kwanzas do valor colocado à disposição.
Para o economista e deputado Manuel Fernandes, "está-se a gastar rios e rios de dinheiros com desvios pelo meio, no entanto não vemos alterações de vulto no aspecto físico dos municípios”.
“Não se vêm obras que sejam da alçada das admnistrações municipais, é mais um saco azul à disposição das admnistrações", denuncia o deputado da oposição.
Por seu lado, o especialista em gestão de politicas públicas David Kissadila entende ser muito difícil o PIIM apresentar contas certas se não passa pela Assembleia Nacional.
"Se o próprio OGE às vezes leva tempo para apresentar a prestação de contas, nao estou a ver o PIIM fazer isto”, comenta.
Outro economista, Damião Cabulo, considera que o PIIM é mais um instrumento utilizado pelo Executivo para tornar ricos alguns membros do Governo.
"Imagina que hà empresas com contratos para reabilitação ou terraplanagem de vias que nem sequer têm estaleiro”, denuncia Cabulo, quem afirma conhecer empresas que "ganharam concurso para obras acima de 300 milhões de kwanzas e não possuem um estaleiro”.
Ele defenda que o Estado precisa criar mecanismos sérios de controlo e fiscalização de contratos públicos e depois criar mecanismos para controlo da execução das despesas do PIIM”.