Em entrevista à Voz da América, a embaixadora dos Estados Unidos em Cabo Verde considera normal a decisão tomada pelo governo cabo-verdiano de incluir a América na lista de países cujos cidadãos estão interditados de entrar no arquipélago nos próximos 30 dias, devido à epidemia de Ébola.
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Adrienne 0’Neal disse lamentar o aparecimento do primeiro caso nos Estados Unidos, mas afirmou que seria injusto deixar os Estados Unidos fora da lista, depois de se ter incluído o Senegal que também detectara um caso de um doente infectado pelo vírus do Ébola.
A diplomata americana na Praia afirma que apoia todas as medidas tomadas pelas autoridades cabo-verdianas no sentido de impedir a entrada do vírus Ébola no país, doença que já provocou muitas vítimas mortais em países na Libéria, Serra Leoa e Guiné- Conacri.
A embaixadora Adrienne O’Neal destaca a necessidade do governo cabo-verdiano adoptar as medidas necessárias para prevenir a entrada do Ébola no país, trabalho segundo a diplomata, que deve contar com a colaboração e apoio de países amigos, parceiros de cooperação e não só.
A reportagem da Voz da América também abordou o delegado de saúde da Praia que falou das medidas e procedimentos seguidos pelos técnicos sanitários destacados nos portos e aeroportos.
Domingos Teixeira diz que neste momento o trabalho tem incidido mais na solicitação de dados aos passageiros que chegam de alguns países referenciados, bem como a transmissão de informações sobre as medidas preventivas tomadas pelas autoridades do arquipélago.
O delegado de saúde Praia avançou à nossa reportagem que o arquipélago já recebeu alguns equipamentos nomeadamente termómetros especiais, estando por chegar outros materiais para a protecção do Ébola.
Refira-se que o governo cabo-verdiano decidiu incluir os Estados Unidos na lista de países cujos cidadãos estão proibidos de entrar no arquipélago, depois da inclusão da Libéria, Serra Leoa, Guiné Conacri, Nigéria e Senegal, países que registaram casos da doença do Ébola.