Ébola domina Cimeira da União Africana

A OMS afirmou que os casos de ébola na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa caíram drasticamente, mas advertiu aqueles países a permanecerem vigilantes.

A epidemia de ébola na África Ocidental ocupa este ano lugar de destaque na cimeira da União Africana, que decorre em Adis Abeba.

Basta entrar no edifício da União Africana na capital etíope para perceber que o espectro do ébola está presente.

Funcionários dos serviços de saúde de termómetro em punho tiram a febre aos delegados, observadores e jornalistas e cartazes colocados nos corredores relembram que: “O ébola é real”.

Durante esta cimeira os delegados vão debater dois relatórios sobre a crise do ébola.

O vice-presidente da Comissão da União Africana Erastus Mwencha afirmou que, apesar do actual surto parecer estar a abrandar, os líderes regionais devem estar preparados para uma próxima crise sanitária:“ Tirando as nossas ilações, estamos empenhados em pôr em prática um mecanismo que nos permita estarmos preparados para um surto e que nos torne capazes de agira rapidamente. Uma das questões em debate é a da necessidade de termos um centro de controlo de doenças”, disse.

A OMS afirmou este mês que os casos de Ébola na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa caíram drasticamente mas advertiu aqueles países a permanecerem vigilantes.

Apesar dos países africanos terem prometido milhões de dólares para ajudar no combate ao ébola, uma organização anti pobreza denominada “ONE Campaign” afirma que muitos deles ainda não contribuírem com o dinheiro.

Ao falar à margem da cimeira, o director daquela organização Sipho Moyo fez um apelo para que os países africanos acelerem a sua assistência: "Continua a haver um grande fosso entre o dinheiro que foi prometido e aquele que foi disponibilizado. Até agora poucos países cumpriram as suas promessas”, acusou.

Moyo especificou que vários países, incluindo a Costa do Marfim, o Quénia, a Namibia e a Nigéria, prometeram dinheiro, mas até agora não materializaram as suas promessas.