Retomou hoje, em Maputo, o julgamento do processo das chamadas dívidas ocultas, com a audição de Zulficar Ahmad, que diz ter mentido na sequência de ameaças de morte.
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Ahmad foi julgado em Novembro de 2021, mas depois de ouvir as declarações de Imran Issa, arrependeu-se e pediu para ser ouvido novamente.
Zulficar Ahmad, um dos que se beneficiou do dinheiro das dívidas ocultas, através de esquemas do sector imobiliário, disse ter mentido na sua primeira audição, devido a uma má orientação do seu advogado e ameaças de morte que sofreu.
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Ele não revelou o autor das ameaças, mas prometeu que desta vez "vim para falar a verdade".
Ahmad disse ter sido António Carlos do Rosário, considerado o "cérebro" do calote, e Imran Issa, que traçarem a estratégia da sua defesa, confirmando uma teia entre declarantes e réus do processo.
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A fase que hoje arrancou, que, em princípio deverá durar um mês, terá declarantes de peso, entre eles dois antigos ministros, nomeadamente, Victor Borges, que durante o período em que as polémicas dívidas foram contratadas tinha a pasta das Pescas; e Alberto Mondlane, que foi do Interior.
Para a última semana está prevista a audição ao actual ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, e no derradeiro dia do julgamento, 17 de Fevereiro, será a vez do antigo Presidente da República, Armando Guebuza.