A execução do processo de actualização dos dados eleitorais em curso fora dos marcos da Constituição vai levantar consequentemente dúvidas na lisura que se pretende a volta das eleições de 2017, disse no Lubango o secretário executivo da CASA-CE, Adalberto Cachiungo.
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Para aquele político, a transparência e a legitimidade que se defendem têm sido feridas a partir do momento em que este processo foi assumido pelo Governo ao invés da Comissão Nacional Eleitoral como órgão independente.
No entender de Adalberto Cachiungo, o registo é fundamental para o processo eleitoral e por isso devia estar acima de qualquer suspeita.
“O registo determina o universo eleitoral se já abrir algumas suspeições em relação ao processo muito facilmente vai dar naturalmente vazão a que os actores quando chegarem no momento do pleito levantem suspeitas sobre o processo todo pelo vícios que começam logo de princípio”, disse.
Para a UNITA que diz estar a bater-se contra a ilegalidade do processo face a Constituição, o cumprimento da lei nos marcos da carta magna em relação aos actos eleitorais teria respaldo com uma intervenção do Presidente da República.
O secretário provincial do galo negro na Huíla, Alcibíades Sebastião Kopumi, lança um apelo a José Eduardo dos Santos.
“Não faz sentido que oriente o seu partido a aprovar uma determinada lei e sejam os primeiros a violá-la. Queremos a partir daqui lançar um vibrante apelo ao Senhor Presidente da República que no mínimo respeite e faça respeitar a lei”, concluiu.