O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs uma profunda revisão da lei de impostos, mas o plano já recebeu críticas por alegadamente favorecer os ricos e as empresas, além de aumentar em bilhões de dólares o défice do país.
A proposta, que o Presidente republicano disse ter sido destinada a ajudar pessoas que trabalham, a criar empregos e tornar o sistema tributário mais simples e justo, enfrenta uma batalha árdua no Congresso, com o Partido Republicano dividido e o Partido Democrata claramente contra.
Entre as medidas, a proposta reduz o imposto sobre as empresas de 35% para 20%, ligeiramente acima dos 15% prometidos inicialmente por Trump, e simplifica as categorias de pagamento de imposto de rendimento, que diminuem das sete atuais para três, de 12%, 25% e 35%.
Os novos índices representam uma queda em relação às taxas máximas que eram anteriormente, de 39%, e elevam a mínima, de 10% para 12%.
Sem detalhes
A medida prevê ainda aumentar as deduções fiscais para as famílias com filhos e criar uma nova para adultos dependentes, como idosos ou pessoas doentes.
Na proposta, Trump não detalhou as medidas que pretende aplicar para evitar um rombo nas contas públicas com a redução dos impostos.
Ao ser questionado por repórteres, se ele se beneficiaria pessoalmente com a reforma, Trump respondeu apenas que há poucos benefícios para ricos.
Democratas contra
A proposta foi criticada pelos líderes democratas do Congresso.
"Nós, democratas, temos estado unidos para que nenhum centavo seja destinado para o alívio fiscal dos mais ricos", disse o líder da minoria democrata do Senado, Chuck Schumer.
A líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que seu partido está disposto a participar de reforma tributária bipartidária, mas disse que a medida apresentada é uma estrutura que ajuda os mais ricos a explorar a classe média.
Para ser aprovada, a propsota precisa passar pelo Congresso.
Apesar de terem a maioria dos assentos no Senado, os republicanos devem precisar de alguns votos democratas para aprovar a mudança