A Polícia Federal (PF) brasileira investiga o envolvimento de dois cidadãos angolanos num esquema de falsificação de documentos e envio de crianças para o exterior.
As investigações constataram, segundo o portal G1, do grupo Globo, que um angolano enviou cinco menores, entre 6 e 11 anos, para o exterior.
Agora, um segundo angolano é investigado por actuar da mesma forma, usando o mesmo local de saída, o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
Lutezo Daniel Lovi, de 44 anos, é acusado de ter registado duas crianças em seu nome e está preso desde 1 de março.
O outro angolano investigado pela Polícia Federal é Álvaro Zayadiaco.
De acordo as investigações, uma mulher recebeu 250 reais (cerca de 80 dólares) para ir até uma unidade hospitalar e solicitar uma nova via da Declaração de Nascido Vivo (DNV) das crianças.
A mulher é mãe e tem filhos com a idades semelhantes à criança que Zayadiaco teria registado como pai.
A mesma fonte disse à Polícia Federal ter intermediado o contacto entre ela e Zayadiaco.
O esquema
A mulher foi mãe e Daniel Lovi disse para ela pedir no hospital a nova Declaração de Nascido Vivo de seus dois filhos mais novos.
Os menores teriam a idade semelhante à dos meninos que Zayadiaco queria enviar para o exterior.
No depoimento, a mulher contou que foi com Lovi até um cartório na Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde teve a assinatura reconhecida e a emissão da certidão de nascimento.
Outro dia, a testemunha, que tem o nome preservado para sua segurança, a mulher acompanhou o angolano e uma criança com cerca de 10 anos de idade ao posto de expedição de passaporte na Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade.
A testemunha conta que foi até o local do autocarro e que mais ninguém a acompanhava, a criança e o angolano Daniel Lovi.
A mulher revelou na PF que a criança falava português, mas com um sotaque semelhante ao angolano.
A PF já descobriu que a partir de Junho de 2017, Lutezo Daniel Lovi registrou como pai cinco crianças de cinco mães diferentes.