Mais de 300 pessoas com problemas mentais circulam pelas ruas da cidade de Malanje, na província angolano do mesmo nome, o que é um problema de saúde pública para a Ordem dos Psicólogos de Angola e autoridades sanitárias da região.
O coordenador Ordem, Cirilo Mendes, afirma que a maioria dos doentes mentais é excluída.
“Grande parte dos pacientes encontra-se encarcerada no seio familiar porque grande parte deles sofre de exclusão social”, exlica Mendes.
Aquele psicólogo referiu que a saúde mental abrange pessoas envolvidas em violência doméstica, violência sexual, insucesso escolar, casos de liderança e diferentes modelos de educação.
A segurança e a integridade dos cidadãos de Malanje estão em risco, reconheceu, por seu turno, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Avantino Sebastião, quem anunciou a abertura de um albergue para a recolha e internamento de doentes.
“O centro especializado de atenção aos utentes com distúrbios mentais integra vários serviços que vão desde a prevenção, no caso o aconselhamento, compensação clínica para aqueles doentes mais críticos que já requerem um tratamento psiquiátrico, até os serviços da assistência e, sobretudo, integração social dos referidos doentes”, explicou Sebastião, garantindo que a infraestrutura estará pronta “ainda este ano”.
Um colóquio sobre saúde mental reuniu na terça-feira, 9, psicólogos, estudantes de psicologias do Instituto Superior Politécnico de Malanje, professores, profissionais do ramo da saúde e governantes na biblioteca provincial “Nginga Mbande”.
O consumo exagerado de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes e stress são algumas das várias causas que concorrem para os transtornos mentais.
O evento marcou o Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala nesta quarta-feira, 10.