Diálogo entre a Junta Militar da Renamo e o Governo deve ser inclusivo, exige a sociedade civil

Elementos da Junta Militar da Renamo

O Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) exige a abertura e transparência no processo negocial entre o Governo de Moçambique e a Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo.

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Diálogo entre a Junta Militar da Renamo e o Governo deve ser inclusivo, exige a sociedade civil

"O processo deve ser aberto, transparente e inclusivo para evitar o surgimento de futuras dissidências e vagas de instabilidade político-militar na região centro do país", diz um comunicado do CDD.

Hoje, 28, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, reafirmou a continuidade de conversações com o grupo de Nhongo, que contesta a liderança de Ossufo Momade, e iniciou ataques contra a população nas províncias de Sofala e Manica.

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“Apelo a Renamo para que não se distancie, porque os argumentos que tem sido colocados referem-se diretamente a Renamo, por causa da não concordância,” disse Nyusi, que realçou que “havendo problemas podemos entrar numa casa do vizinho e sugerir a separação, mas o vizinho tem que estar presente e aceitar a participação, então é o esforço que estamos a fazer para evitar abrir precedentes dentro das famílias”.

Mais atores

Mas o porta-voz da Renamo, José Manteigas, disse que o partido ainda não foi oficialmente informado sobre tal diálogo.

Nhongo disse, esta semana, que estava “disposto a negociar com o Governo, mas quando essa negociação for verdadeira”, e se “a Frelimo continuar a tentar enganar a Junta Militar, assim como a população no geral, não vamos nos deixar enganar”.

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Face ao cenário, o CDD adverte que ao contrário do processo negocial que culminou com a assinatura do acordo de paz de 2019, "desta vez as negociações devem envolver mais atores relevantes da sociedade, incluindo órgãos de soberania de natureza representativa, como é o caso da Assembleia da República".

Para o CDD, "a discussão de assuntos de Estado e que dizem respeito a todos os cidadãos moçambicanos não podem continuar a ser um privilégio de quem detém o poder e de quem apresenta uma contestação".