A erosão em Changara, distrito localizado a 90 quilómetros da capital da Província central moçambicana de Tete, está a assumir contornos alarmantes, ameaçando engolir residências e instituições do Estado, incluindo o gabinete da Administradora distrital.
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Elsa da Barca, Administradora de Changara, diz que a erosão ameaça quase toda a parte sul do distrito e que é urgente transferir todas as habitações e edifícios públicos para zonas mais seguras.
Já foi identificada uma área, mas ainda não há dinheiro para materializar o projecto.
Uma equipa técnica do ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural esteve em Changara, mas a Administradora, Elsa da Barca, diz que aguarda pelos resultados do estudo e que irá dar indicações das possíveis soluções para o problema da erosão.
Mas, com ou sem erosão, a vida não pode parar.
Changara, apesar de ser um distrito propenso à seca, tem um grande potencial pecuário, sendo, aliás, o que mais gado bovino e caprino possui, a nível da Província de Tete, e o governo distrital quer tirar proveito desse privilégio.
Na forja, projectos visando avançar, pela primeira vez, com o agro-processamento dos derivados do leite.
Numa primeira fase, segundo a Administradora do distrito de Changara, é construir duas unidades fabris nas áreas de maior concentração pecuária.
E, ainda a curto e médio prazo, revelou Elsa da Barca, Changara deverá ter uma fábrica de cimento, um investimento a ser feito por empresários indianos.