Discurso de João Lourenço perturba UNITA

Candidato pelo MPLA nas eleições gerais de 2017 em Angola, João Lourenço

Galo Negro acusa Lourenço de violar a lei ao incitar ao ódio

A UNITA acusou o candidato do MPLA, João Lourenço, de incitar ao ódio num discurso eleitoral que efectuou no Bié.

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Discurso de Joao Lourenço causa irritação - 1:44

Lourenço visitou um cemitério onde estão sepultadas vítimas dos confrontos que se seguiram às eleições de 1992 e num discurso culpou a oposição sem mencionar nomes de ser responsável pelo desemprego entre a juventude.

“Aqueles que destruíram a indústria e, consequentemente, destruíram os postos de trabalho que a indústria oferecia são os mesmos que hoje vêm dizer que a juventude não tem emprego", acusou, afirmando que "os que destruíram os postos de trabalho vão ser penalizados e duramente penalizados" nas eleições

O coordenador político da UNITA na região Bié, Huambo e Cuando Cubango, Manuel Saviemba,disse que João Lourenço cometeu um crime ao incitar o povo a virar-se contra a UNITA.

Isso, disse ele, é uma violação da lei.

Se em Angola houvesse um tribunal eleitoral, instituições credíveis, o candidato João Lourenço deveria ser desqualificado e responsabilizado judicialmente, acrescentou.

O representante do Galo Negro disse que no cemitério visitado por Lourenço estão enterradas pessoas de todos os partidos.

Saviemba, fez lembrar que a guerra em Angola teve dois beligerantes o MPLA que defendia o partido único e a UNITA que defendia o Multipartidarismo e democracia.

Saviemba recordou por seu turno que o MPLA era culpado de crimes de guerra mencionado “a Sexta feira sangrenta, os contentores do Tombwa” e outras atrocidades.

Para Manuel Saviemba não nenhuma pessoa no Bié que não teve parente mortos pela acção da guerra.

João Lourenço enquanto militar das extintas FAPLA,s sabe que os MIGs e SWKOE “não ofereceram rebuçados aos bienos”.