Uma reunião dos orgãos supremos do MPLA está de novo a levantar especulações sobre a possibilidade de o Presidente João Lourenço se candidatar a um terceiro mandato, algo que iria requerer uma mudança da constituição.
Em entrevista à Voz da América em dezembro de 2022 ele negou estar à procura de um terceiro mandato.
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O MPLA realiza entre na sexta-feira, 19, e sábado, 20, a segunda reunião ordinária do Bureau Político e a VI sessão ordinária do Comité Central, e, de acordo com a agenda oficial, os encontros irão discutir o papel da comunicação social em Angola, fazer uma radiografia da vida interna do partido e traçar planos para os futuros desafios políticos daquele partido.
Nos círculos políticos de Luanda, um eventual terceiro mandato presidencial, como tem acontecido em alguns Estados africanos, continua a suscitar muito debate.
Para o analista político Domingos Tchipilica Eduardo, “seria um erro crasso apresentar uma agenda política para o terceiro mandato, porquanto as condições económicas e financeiras da população cada dia vão se agudizando”.
Entretanto, o também analista político Agosinho Sicato aplaude a agenda definida e diz que o Presidente não se deve candidatar a mais um mandato.
“O legislador constituinte foi claro quando delimitou os mandatos, exatamente para permitir não só as alternâncias, mas permitir que haja um fluxo normal de novos projetos, de ideias”, apontou Sicato.
Ele acrescentou que “um possível terceiro mandato tem também seus riscos, porque pode-se estender-se um mandat ... e ele perder as eleições”.
O Presidente João Lourenço já disse anteriormente nunca ter abordado a hipótese de um terceiro mandato com o partido.
O MPLA diz estar a efetuar reformas para incentivar a economia e acabar com a corrupção