Os direitos humanos e os activistas continuam a não ser respeitados em Angola, embora a situação seja menos negativa em Luanda.
Nas zonas afastadas dos grandes centros é “uma vergonha” para os angolanos, disse o investigador Cláudio Ramos Fortuna.
Essa situação foi alvo de um debate organizado pela “Friends of Angola” (Amigos de Angola), uma organização criada para consciencializar a comunidade mundial sobre os desafios enfrentados por Angola e para apoiar a sociedade civil angolana.
Cláudio Ramos Fortuna, jornalista e investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade Católica de Angola, disse que a situação não se alterou muito, apesar do novo Governo ter dado indícios de abertura.
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Fortuna apresentou um relatório sobre o assunto e foi moderador do debate, no qual deu como exemplo a perseguição de uma mulher na Lunda Norte por ter feito parte de um grupo de manifestantes.
“Ainda ontem na Lunda Norte uma senhora viu a sua casa destruída por ter participado de uma manifestação”, disse Fortuna afirmando que no capítulo do respeito pelos direitos humanos “ temos um país de duas velocidades”.
A “Friends of Angola” tem realizado estudos sobre a situação dos activistas em Angola desde 2017.