O Presidente americano, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 23, que quer fortalecer o arsenal nuclear do país para garantir que os Estados Unidos estejam na liderança, depois de terem ficado para trás na sua capacidade de armas atómicas.
Em entrevista à Reuters, Trump também disse que a China poderia resolver o desafio de segurança nacional representado pela Coreia do Norte “muito facilmente se eles quisessem”, intensificando a pressão para que Pequim exerça mais influência para controlar as acções cada vez mais agressivas de Pyongyang.
Nos seus primeiros comentários sobre o arsenal nuclear norte-americano desde que assumiu o poder em 20 de Janeiro, Trump declarou que os Estados Unidos “ficaram para trás na capacidade em armas nucleares”.
"Eu sou o primeiro que gostaria de ver todo o mundo, ninguém ter armas nucleares, mas nós nunca iremos ficar para trás de qualquer país, mesmo se for um país amigo, nós nunca iremos ficar para trás em poder nuclear", afirmou Trump, acrescentando que "se os países vão ter, nós estaremos no topo do grupo”
O novo tratado sobre limite de armas, conhecido como Novo START, entre os Estados Unidos e a Rússia exige que até 5 de Fevereiro de 2018 os dois países limitem os seus arsenais de armas nucleares estratégicas para níveis equivalentes por 10 anos.
O tratado permite que os dois países tenham não mais do que 800 lançadores de mísseis balísticos terrestres e submarinos e bombardeiros pesados aptos para carregar armas nucleares, além de prever outros limites igualitários em relação a outras armas atómicas.
Analistas têm questionado se Trump quer anular o Novo START ou se iniciaria o emprego de outras ogivas.
Na entrevista, Trump chamou o Novo START de um acordo desigual.
"Apenas mais um acordo ruim que o país fez, START, o acordo com o Irão… Nós vamos começar a fazer acordos bons”, afirmou ele.
Os Estados Unidos estão no meio de um programa de modernização de 30 anos no valor de um trilhão de dólares dos seus submarinos de mísseis balísticos, bombardeiros e mísseis terrestres, um custo com o qual, para muitos especialistas, o país não pode arcar.
Trump também reclamou que o emprego russo de um míssil de cruzeiro é uma violação do tratado de 1987 que proíbe mísseis de alcance intermediário terrestres russos e norte-americanos.
"Para mim é um grande problema”, afirmou.