Dilma Roussef e Marina Silva prometem luta até ao fim

Marina Silva do PSB e Dilma Roussef actual Presidente do Brasil

A um mês das eleições estão tecnicamente empatadas, mas Silva venceria no segundo turno, de acordo com pesquisas.

No Brasil, duas pesquisas eleitorais divulgadas ontem, 3, revelam as candidatas Dilma Roussef, actual presidente, e Marina Silva, do PSB, tecnicamente empatadas no primeiro lugar, enquanto o candidato do PSDB consegue menos da metade das intenções de voto das candidatas.

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Dilma Roussef e Marina Silva tecnicamente empatadas - 2:33

Na segunda volta, as pesquisas dão vitória a Marina Silva que há três semanas era candidata a vice-presidente na equipa de Eduardo Campos, morto num acidente de avião.

Segundo o Datafolha, a presidente Dilma Roussef subiu de 34 por cento das intenções de voto na sexta-feira passada para 35 por cento ontem, 3, enquanto a ex-senadora e antiga ministra Marina Silva manteve-se nos 34 por cento. O antigo governador de Minas Gerais e senador Aécio Neves, candidato do PSDB, desceu de 15 por cento para 14 por cento.

Na outra sondagem feita pelo Ibope, a presidente subiu três pontos, de 34 por cento para 37 por cento e Marina Silva cresceu de 29 por cento para 33 por cento. Por sua vez, Aécio Neves caiu de 19 para 15 por cento.

Apesar de a presidente estar numericamente à frente nas duas pesquisas, há um empate técnico porque a margem de erro das duas sondagens é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

As duas sondagens indicam que nem Roussef nem Silva possuem mais do que a soma das intenções de voto dos demais concorrentes, por isso a tendência no momento é que haverá segunda volta nas eleições presidenciais no Brasil, que a confirmar-se será a 26 de Outubro.

Nas duas sondagens, Marina Silva seria eleita presidente, enquanto Dilma Roussef conseguiria a reeleição apenas se o seu adversário na segunda volta fosse Aécio Neves

Em conversa com a VOA, a jornalista Letícia Baoli, da Rádio Cidade, em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, chama a atenção, no entanto, para o peso dos jovens dessas eleições: "Entre os jovens, dos 19 aos 24 anos, a Marina tem vantagem e tradicionalmente no Brasil os jovens tendem a influenciar as eleições".

A quatro semanas das eleições, os analistas tentam descobrir o que poderá mudar antes do dia 5 de Outubro. Letícia Baoli faz uma leitura das convicções dos apoiantes das duas candidatas, em que Dilma Roussef tem uma ligueira vantagem, embora não determinante.