A três dias de uma das eleições mais acirradas da história de democracia brasileira, no próximo domingo, os candidatos à presidência Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) lançam mão das “armas” que têm para conquistar o voto dos indecisos Nos últimos dias, no entanto, Dilma começou a despontar na liderança, aparecendo nas sondagens com 52 por cento das intenções de votos, contra 48 do adversário, mas estão tecnicamente empatados.
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Na briga voto a voto, a campanha de Dilma aposta, nos últimos dias, na força política do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, agora mais presente em agendas e programas da petista para o rádio e a TV. Segundo a pesquisa do Datafolha, a “arma” de Dilma é poderosa. Lula é apontado como um dos melhores cabos eleitorais do Brasil. 37% dos brasileiros disseram em pesquisa que são levados a escolher a candidata de Lula.
Do lado do PSDB, Marina Silva é a aposta das propagandas do candidato Aécio Neves. Mas, a mesma pesquisa aponta que a ex- candidata, derrotada no primeiro turno, está longe de ter a força do ex-presidente. Apenas 20% dos brasileiros votariam em seu candidato e 23% não votariam em alguém indicado por Marina.
Na tentativa de reforçar o time, Aécio Neves usa a imagem da viúva do ex-candidato Eduardo Campos (PSB), morto em agosto em um acidente de avião. Renata dá o seu depoimento no programa eleitoral do candidato. "Podemos continuar como estamos ou trilhar um novo caminho de mudança. É fundamental para este momento alguém que tenha capacidade de diálogo. Aécio não representa um partido, mas um conjunto de forças que se juntaram para trilhar este caminho da mudança".
Artistas também são mais explorados na reta final. As celebridades são usadas em peças na TV e Rádio pedindo o voto dos brasileiros. Grandes cantores como Chico Buarque declararam apoio a Dilma. Já grandes atores, de TV, teatro e cinema brasileiros, como Lima Duarte, se declaram apoiadores de Aécio.
Um pouco antes de um acordo firmado entre os dois candidatos, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que sejam cessados os ataques mútuos, muito presentes em uma das campanhas mais agressivas da história do Brasil, Aécio Neves voltou a dizer que a grande arma de Dilma é a mentira.
"A campanha da minha adversária é a campanha da mentira. Eles acham que podem enganar a todos, o tempo todo, mas não podem. A campanha adversária tem na mentira o seu instrumento mais vigoroso de ataque político. Fizeram isso com Eduardo, fizeram isso com Marina, agora tentam fazer comigo, mas eu não receio o PT. A minha candidatura vai vencer a mentira, vai vencer o PT porque os brasileiros não merecem ser governados pelo medo”.
Dilma, mesmo antes do acordo no TSE, já vinha abrandando o discurso de guerra, deixando os ataques por conta de Lula, que chegou a chamar Aécio de nazista. A candidata à reeleição foca as declarações agora no apelo para que os brasileiros não deixem o País retroceder.