O presidente da Renamo revelou nesta quinta-feira que só vai dialogar com o Presidente Filipe Nyusi depois de o seu partido assumir a governação das seis províncias em que a Renamo foi o mais votado nas eleições de 2014.
Em teleconferência a partir da sua base de Satungira para Nampula, Afonso Dhlakama reiterou a jornalistas em Nampula que a Renamo vai governar a partir de Março.
"Só depois de estarmos nas províncias e é de lá que sairemos para ir negociar", garantiu Dhlakama, que disse não ser verdade que haja abandono de membros do seu partido para as fileiras do Exército.
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"Há muitos jovens que diariamente manifestam interesse em ingressar na Renamo e lutar pela democracia", garantiu.
O presidente da Renamo recusou também acusações de estar a violar a Constituição.
Ele apontou o dedo ao Presidente Nyusi e à Frelimo que "violam a Constituição e todos os acordos, desde o primeiro assinado em Roma, em 1992".
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Dhlakama desafiou constitucionalistas moçambicanos e estrangeiros a irem a Satungira discutir com ele a lei magna do país e "a corrigir o que está errado, mas a Constituição não impede a quem ganhou as eleições a governar".
Na teleconferência de cerca de 30 minutos com os jornalistas, o presidente da Renamo também esclareceu o que, segundo ele, é um equívoco quanto à escolha de novos medidores.
Para ele, eles "esgotaram a sua missão e não podem servir mais porque dependem das ordens da Frelimo".
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