O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, diz que foi um ganho político muito importante ter forçado a Frelimo a aceitar a questão da eleição de governadores provinciais, mas alguns analistas afirmam ser necessário evitar importar modelos que possam ter efeito preverso difícil de gerir.
Your browser doesn’t support HTML5
Dhlakama disse que a delegação governamental ao diálogo político com a Renamo anunciou, formalmente, que o Executivo aceita a ideia da eleição de governadores provinciais, já a partir de 2019.
"O que falta estabelecer é se a eleição será directa ou através das Assembleias Provinciais", esclareceu o líder da Renamo, considerando isso um detalhe irrelevante.
Afonso Dhlakama manifestou-se “muito satisfeito, porque era difícil convencer a Frelimo a aceitar a possibilidade da eleição dos governadores provinciais", sublinhando que isso vai permitir o reforço da democracia ao nível da base.
Aparentemente, no recente congresso da Frelimo a questão da descentralização foi pacífica, recomendando-se apenas que o assunto seja aprofundado, porque mexe com muita coisa.
O analista Amorim Bila diz que nesta questão da descentralização, é fundamental evitar importar modelos que possam não se adequar à realidade moçambicana e ter efeito preverso, dando como exemplo algumas empresas municipais de transporte que nem sequer conseguem pagar salários dos seus trabalhadores.
"Há um trabalho muito sério ao nível da rede de transporte que está a afectar todo o país", destacou aquele académico, para quem "é preciso ver os modelos que se adequam à nossa realidade.