Afonso Dhlakama considera imprudente a decisão do Governo moçambicano de patentear dois antigos homens das suas forcas residuais.
Para o líder da Renamo, na oposição, receber um adversário e promovê-lo a general parece não ser normal.
"Aquilo é uma desgraça, mas para mim aquilo é uma grande alegria, porque não temos adversário", afirmou Dhlakama, citado pela televisão privada, STV.
Dhlakama referia-se a Abílio Mucuepa e Manuel Lavimo integrados esta semana, respectivamente, na Polícia moçambicana e nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Os dois antigos membros do braço armado da Renamo faziam parte da extinta Equipa Militar de Observadores da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), cuja missão era assistir o desarmamento dos homens armados da Renamo, antigo movimento rebelde e sua integração nas Forcas de Defesa e Segurança ou sua reintegração na sociedade.
Momentos depois do patenteamento, Mucuepa disse que tomou a decisão sem o consentimento do seu partido.
"Estou bem aqui e vou trabalhar para a minha família. Agora não sou da Renamo, nem sou da Frelimo, apenas vim trabalhar para o Estado moçambicano", concluiu Abílio Mucuepa.