Um economista e um empresário angolanos disseram que as relações económicas entre a China e Angola deverão ser agora marcadas por uma maior integração dos trabalhadores nas empresas chinesas.
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Ao mesmo tempo é provável que em breve o comércio entre os dois países possa ser feito na moeda dos dois países ( kwanza e Yen) sem ter que recorrer a uma terceira amoeda ( geralmente o dólar ou o Euro).
O empresário António Soares e o economista Lopes Paulo comentavam a visita do Presidente Eduardo dos Santos à China durante a qual foram assinados novos acordos de cooperação.
Lopes Paulo recordou que foi a China “quem abriu as portas na reconstrução nacional” de Angola.
Isso, disse pode ser constatado na construção de infra estruturas como porto, aeroportos e hospitais.
Contudo as relações entre os dois países estão agora num “ponto de viragem” para uma nova fase de desenvolvimento que requer uma “revisão” dos diferentes acordos.
Essa revisão, disse o economista, deve resultar em vantagens para cada lado não sô a nível politico e cooperação económica mas também na integração de empresas e trabalhadores chineses e angolanos.
O economista disse que na fase inicial da cooperação era de compreender a grande presença de trabalhadores chineses por se tratar de “um momento de emergência” mas agora é necessário “dar aos angolanos mais capacidades, mais integração no trabalho das empresas chineses e maior transferência de tecnologia.
Por seu turno o empresário António Soares disse que seria muito positivo caso os novos acordos tenham previsto o enquadramento de mão de obra nacional” nas empresas chinesas que operam em Angola, algo que iria permitir a Angola “reduzir substancialmente o desemprego”.
“O que se constata hoje na construção é que a mão de obra é principalmente chinesa e que há muito pouca mão de obra nacional”, disse António Soares que defendeu também a necessidade de Angola formar quadros preparados para lidar com “as tecnologias chinesas”.
Muito do equipamento a chegar a Angola é de origem chinesa e Angola “precisa de ter quadros capazes de fazer a manutenção desse equipamento”.
“Caso contrário poderemos ter problemas”, disse.
É também provável que as transacções comerciais entre os dois países passem a ser feitas nas suas respectivas moedas o que permitir também a angolanos trocarem Kwanzas em «bancos chineses e vice versa.
Contudo antes disso ocorrer será preciso um acordo entre os bancos centrais dos dois países para se “determinar o equilíbrio das moedas”, disse o economista Lopes Paulo