Uma dezena de activistas e políticos detidos no sábado, 24, quando pretendiam sair às ruas da capital da província angolana de Uíge para protestar contra o alto nível de desemprego e a favor da marcação das eleições autárquicas continuam presos depois de não terem sido presentes ao tribunal nesta segunda-feira, 26.
Libertador de Mentes Aprisionadas, um dos organizadores da marcha, considerou a acção da polícia fruto de Governo ditatorial que "impede a liberdade de expressão, direito de reunião e de manifestação" no país.
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Para ele “não há diferença entre o Governo de José Eduardo dos Santos e de João Lourenço”.
Por sua vez, a Secretaria para Comunicação e Marketing da UNITA no Uíge, Eunice Mweshi, acusou o Presidente de ter violado a Constituição da República com o decreto presidencial que regula o distanciamento social sobre o estado de calamidade a menos de 24 horas da manifestação.
A VOA não conseguiu falar nem com a Procuradoria da República nem com o Comando provincial da Polícia Nacional no Uíge, que recusaram prestar esclarecimentos aos órgãos privados de comunicação.