Antigos militares na Huíla pedem que o actual Governo tome medidas mais ousadas com vista à sua reintegração na vida social.
Apesar de muito terem servido o país em determinado período, os desmobilizados de guerra entendem estarem agora entregues à sorte, por culpa da ausência de políticas concretas.
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Mário Casaca diz que serviu para a guerra, mas agora quer contribuir para o desenvolvimento do país.
“O que é que o Governo actual pensa com os desmobilizados? Quando estávamos na tropa aprendemos a manejar o armamento por que o Governo não nos arranja sítio para trabalhar, será que agora não conseguimos?”, pergunta.
Teresa Ngueve é viúva de um antigo combatente e pede acções concretas de reintegração deste segmento social que inclui órfãos de guerra.
“O apoio é merecido para os órfãos e as viúvas”, defende Ngueve.
O problema da reintegração social dos desmobilizados de guerra voltou a juntar em assembleia recentemente no Lubango, antigos militares que serviram as diferentes forças políticas no passado.
O presidente do Fórum Independente dos Desmobilizados de Guerra de Angola, (FIDEGA), Nunes Manuel, diz que só na Huíla o número de ex-militares a reintegrar passa dos 20 mil homens.
O responsável pede que a questão da reintegração dos ex-militares seja vista com seriedade e com uma estratégia inclusiva diferente que corrija os programas falhados até agora implementados.
“Precisamos de reanimar um novo modelo de reintegração onde o Governo, os destinatários e os representantes dos destinatários sentemos na mesa gizemos programas justos aprovados por consenso e quando aplicarmos temos a certeza de que gritos não haverá”, defende Manuel.