Mais de duas centenas de alunos do primeiro e do segundo ciclos do ensino primário na província angolana do Uíge faltaram aos exames finais na segunda-feira, 19, devido a desmaios.
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O fenómeno de intoxicação é antigo, mas continua a ser tabu para as autoridades angolanas.
Desde 2011 milhares de estudantes têm desmaiado em salas de aula sem que as autoridades médicas e administrativas tenham chegado a um diagnóstico.
Os novos casos de ontem aconteceram nas escolas do Paco e Benze, Escola de Formação de Professores afecta à Igreja Católica e na de 11 de Novembro.
As autoridades dizem não estar autorizadas a falar sobre o assunto e nem cancelaram os exames, facto que deixa preocupados os pais e encarregados de educação.
“Não sabemos como fica esse mistério, necessitamos que o Governo central tome alguma decisão sobre este assunto, os nossos filhos estão sendo prejudicados com isso”, disse uma das mães à VOA, no que foi corroborada por outra que exigiu “respostas”.
Os alunos afectados apresentam sintomas como perda de consciência, fraqueza, falta de ar e tonturas.
Os familiares dizem que os mais afectados têm sido estudantes do sexo feminino com idades compreendidas entre os oito e 18 anos de idade.
Refira-se que nas escolas é proibido utilizar cabelos postiços alegadamente pelo químico que acarretam.