O futuro primeiro-ministro de Cabo Verde Ulisses Correia e Silva apresenta esta sexta-feira ao Presidente da República o seu elenco governativo, na sequência das eleições de 20 de Março ganhas pelo MpD, na oposição desde 2001.
Com uma promessa de ter a solução para o arquipélago, Correia e Silva enfrenta enormes desafios.
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O antigo ministro das Infra-estruturas do Governo do MpD na década de 1990 Armindo Ferreira defende que o novo Governo deverá fazer uma aposta forte na melhoria da segurança e saúde, caso o país quiser tirar maior e melhor proveito do turismo.
A revitalização urgente da economiaprecisa crescer num ritmo mais acelerado e a criação de condições para que o país tenha um turismo de qualidade, são duas acções que, segundo Ferreira, Ulisses Correia e Silva deverá ter na linha das prioridades.
Ferreira afirma que o futuro Governo não terá vida fácil, tendo em conta que a administração está excessivamente partidarizada.
Ele entende que o emagrecimento do Executivo é uma boa medida, mas considera que o sucesso da mesma dependerá do funcionamento das estruturas directivas dos diferentes departamentos públicos.
“Precisamos de directores gerais fortes e competentes, gente capaz de tomar medidas e fazer cumprir a política traçada pelo Governo”, realça o antigo governante.
A descentralização do poder constitui outro aspecto importante para a vida do pais garante Armindo Ferreira.
Por seu lado,Carlos Reis, ministro da Educação logo após a independência e antigo embaixador, considera que o novo Governo deve acelerar o processo de partilha de poder.
Reis reconhece que houve ganhos assinaláveis na administração cabo-verdiana, mas entende que as diferentes ilhas precisam de maior autonomia para resolver os diferentes assuntos das populações.
“Penso que os desafios são vários, mas assinalo a resolução do problema do desemprego como uma das grandes prioridades”, remata o antigo ministro da Educação.
Quanto ao emagrecimento da estrutura governamental, Carlos Reis aplaude a medida, mas considera que a mesma deverá ser acompanhada de outros instrumentos de forma a permitir a eficácia dos serviços públicos e a governação do arquipélago.