Apesar de contestar os resultados saídos das eleições de 24 de Agosto, a UNITA confirmou a presença dos seus 90 deputados na Assembleia Nacional que vão tomar posse na sexta-feira, 16.
Numa conferência de imprensa, realizada nesta quarta-feita, 14, Adalberto Costa Júnior sublinhou igualmente que o partido e seus parceiros da Frente Patriótica Unida (FPU) vão desenvolver uma série de manifestações, com a primeira a acontecer no dia 24z
Adalberto Costa Júnior reiterou que a “UNITA mantém a sua determinação em continuar o processo de litigação judicial nacional e internacional para o apuramento da verdade” e lembrou que o partido recorreu ao Tribunal Constitucional com um recurso extraordinário de inconstitucionalidade.
Veja Também Scott Nathan, José Maria Neves, Sissoco Embaló e Rebelo de Sousa na posse de LourençoQuanto à posse do Presidente e da vice-presidente, ele disse ser a de um “poder auto atribuído e de legitimidade questionável, consumando assim o golpe de força”.
“Nos últimos dias, temos constatado, com muita preocupação, bem como a generalidade dos cidadãos, a desnecessária e excessiva presença de forças militares e policiais, nas ruas, equipadas de material bélico pesado”, afirmou Costa Júnior..
Veja Também Polícia detém activista do Mudei em Luanda"Concomitantemente activistas cívicos por manifestarem oposição à tomada de posse ou criticarem a ausência de lisura do processo eleitoral têm conhecido inquéritos policiais e prisões arbitrárias, com agressões, sevícias e torturas comprovadas, enquanto membros de partidos políticos vêm sendo ameaçados de morte pelo regime”, disse o líder da oposição para quem “não se justifica a presença de armamento convencional nas ruas”.
Ao declarar prontidão combativa elevada, “o regime demonstra ter medo do povo e através do Chefe do Estado Maior viola o papel em que devem ser chamadas a intervir as Forças Armadas. Assim os responsáveis por este estado abusivo devem proceder ao imediato regresso das Forças Armadas aos quartéis”, segundo o presidente da UNITA.
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Durante os últimos dias, o partido e os seus parceiros levaram a cabo uma auscultação nas 18 províncias do país, através de delegações que trabalharam, com os cidadãos e membros da sociedade civil angolana sobre os desafios imediatos que o país enfrenta.
“Em função dos conselhos acatados, foi aceite desenvolver um processo múltiplo de luta democrática, a participação nas instituições do Estado, incluindo a tomada de posse de posse na Assembleia Nacional e a luta de massas pela reivindicação de direitos de cidadania”, diz a declaração.
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