O deputado guineense Domingos Quade questiona a presença no país do grupo P5 (Nações Unidas, CEDEAO, CPLP, União Europeia e União Africana) e acusa os representantes dos organismos internacionais de interferir nos assuntos internos da Guiné-Bissau.
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“Quero saber se os embaixadores da Guiné-Bissau podem criar também associações para interferir nos assuntos internos de outros países, tal como acontece no nosso país?” questiona Quade, do Partido de Renovaçäo Social.
Veja Também "Nem Donald Trump, nem António Guterres vão impor as suas decisões à Guiné-Bissau", diz EmbalóO professor de Relações Internacionais, Fernando Mandinga da Fonseca, condena o discurso do parlamentar e ex-bastonário de Ordem de Advogados guineense.
“Esses discursos têm as suas implicações, porque não são de cidadãos comuns. No meu ponto de vista, os sucessivos discursos do gênero poderão pôr em causa a relação da Guiné-Bissau com os seus parceiros,” diz Mandinga da Fonseca.
Mas para o analista político, Luís Landim, as questões levantadas pelo parlamentar têm um enquadramento na análise da ação das organizações internacionais na Guiné-Bissau.
“A sua reação deve ser entendida num quadro de manifestação do desagrado face à interferência destas organizações nos assuntos internos do país, porque essas estruturas têm, em algum momento, uma tendência na resolução de sucessivos crises políticas na Guiné-Bissau,” diz Landim.
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