Um conhecido deputado do MPLA disse que críticas à situação de direitos humanos em Angola são bem vindas, pois servem para a reflexão.
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O deputado João Pinto negou no entanto que essas críticas indiquem que não há liberdade em Angola.
“O caso de Angola é um caso de transição; Angola está a superar os seus traumas pós-conflito”, disse o deputado do MPLA para quem o país está num “processo de melhoria”.
“Essas críticas são críticas de amigos e servem de reflexão para melhoria, mas não podemos dizer que não há liberdade no país” disse.
João Pinto comentava o último relatório do Departamento de Estado americano sobre os direitos humanos no mundo, que denuncia violações dos direitos humanos em Angola.
O relatório é emitido anualmente e mandatado pelo Congresso americano.
Um dos casos mencionado no relatório é a morte de um jovem (Rufino) por forças militares aquando de demolições no Zango 2.
Em reacção às denúncias do Departamento do Estado americano, o activista Rafael de Morais da SOS Habitat, que acompanha o caso Rufino, disse que não se pode negar o que se passou neste incidente.
“O caso do jovem Rufino é uma realidade e até agora não há uma resposta que possa garantir informação neste caso”, disse.
Já Rafael Marques, activista angolano que acompanha diversos casos de tortura, afirma que os angolanos precisam de reagir perante estas atrocidades.
“Sobre o relatório o importante a sublinhar é que todas as violações que acontecem em Angola são do nosso conhecimento como angolanos e nada fazemos”, disse.
“Precisamos ser mais proactivos” , acrescentou.