A sociedade cabo-verdiana já começa ver os deportados dos Estados Unidos com outros olhos, depois de muitos terem sofrido discriminação e incompreensão após o seu regresso.
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Ilha Brava vê deportados com outros olhos
Na verdade há muitos antigos emigrantes nos Estados Unidos que foram deportados por prática de crimes graves, mas alguns foram enviados para Cabo Verde devido a delitos menores.
Na Brava, o segundo maior ponto de acolhimento de deportados provenientes dos Estados Unidos da América, as pessoas já começam a mudar a forma de ver os deportados, conforme disse um professor liceal à VOA.
Ele reconhece que muitos já são casos de sucesso, outros nem por isso, sobretudo aqueles que dependem do apoio financeiro enviado pelos familiares dos Estados Unidos.
Cidade de Nova Sintra, Cabo Verde
O antigo secretário municipal e actual deputado do MpD, no poder, pelo círculo da Brava, David Gomes considera que houve uma evolução na forma como as pessoas vêem os deportados na ilha, mas diz que as autoridades locais e o Governo central devem criar mais mecanismos de ajuda.
Para além de apoios para a inserção na sociedade cabo-verdiana, o deputado ventoinha considera importante o reforço da diplomacia junto das autoridades americanas, no sentido de aqueles que não cometerem crimes de grande monta fiquem nos Estados Unidos, uma posição também defendida pelo presidente da Câmara da Brava.
David Gomes defende também que o Governo convença as autoridades americanas a entender que o “castigo deve ser cumprido no pais onde os crimes foram feitos”.
A VOA soube junto do comando da esquadra policial da Brava que alguns deportados têm provocado problemas de segurança, nomeadamente tráfico de drogas.
A mesma fonte, que preferiu o anonimato, afirma, no entanto, que não se pode particularizar porquanto não há elementos que digam que eles sejam os mais problemáticos.