As fortes chuvas que têm caído em várias zonas do sul de Angola afectadas pela seca, estão agora a causar problemas de inundações, com a destruição de lavouras, contribuindo assim para o problema da fome que se faz sentir.
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Depois de um longo período de seca, registara,-se situações de fome extrema na população do sul do país, nomeadamente Cunene, Cuando Cubango, Huila e Namibe.
Agora, algumas destas regiões sofrem de cheias que vão arrasando culturas feitas com algum sacrifício.
Moisés, um dos residentes, disse que a situaçãp no Cunene “é muito complicada”.
“Começou a chover, as pessoas regressaram, as fortes chuvas agora destruíram as culturas todas das lavras de muitos, causando mais fome ainda”, disse, acrescentando que "a população continua a sofrer com estas chuvas que destruíram casas, lavras cheias de água, animais a morrerem"
Para ele "é uma situação até pior do que a causada pela seca".
Na Huila, na região dos Gambos, o padre Pio Wakussanga diz que as
chuvas não resolveram o problema da fome, embora admita que “diminuiu um pouco, é verdade, por causa de algum apoio das administrações municipais com um bocado de comida e sementes que minimizou um pouco”.
“Mas a situação continua preocupante, a penúria continua, a má nutrição prossegue, é necessário um trabalho mais estruturante que ainda não existe, infelizmente e estas debilidades ainda estão lá”, afirmou o líder religioso, para quem "só Deus para nos acudir porque eu ja perdi a fé nos homens".
As chuvas, no entanto, não chegaram a toda a regiãão sul, com a seca a fazer-se presente em Tokolo, Nambumbula e Tchipeye.