Pastores angolanos e brasileiros estão em pé de guerra com várias
acusações pelo meio. Na última semana o quadro se agravou, após a parte angolana decidir partir para a tomada de alguns templos,espalhados um pouco por todo o pais.
Alguns destes atos terminaram com violência, sob o olhar impávido das
autoridades de defesa e segurança.
Os conflitos na Igreja Universal são de longa data, mas acentuaram-se
a partir de 2019, quando bispos e pastores angolanos assinaram um
manifesto pastoral, tornado público em novembro, pedindo
que a instituição passasse a ser administrada apenas por
angolanos.
Vasectomia, abuso de confiança na gestão financeira, assim como as
irregularidades no pagamento da segurança social aos pastores e
privação das visitas aos familiares, são algumas das acusações que são
imputadas à gestão brasileira.
A representação brasileira em Angola nega as acusações, afirmando
tratar-se de um grupo de ex-pastores desvinculados por
práticas e princípios cristãos exigidos de um ministro de culto.
A Procuradoria-Geral da República anunciou, no ano passado, que estava
a investigar já há algum tempo, as denúncias de castração química e
vasectomia de que são, eventualmente, submetidos alguns pastores da
Igreja Universal do Reino em Angola.
Os resultados do inquéritoainda não foram apresentados.
Esta semana, através de um comunicado de imprensa, o Ministério do
Interior esclareceu, que o Serviço de Investigação Criminal instaurou
um novo processo-crime para aferir a imputação objetiva da
responsabilidade criminal dos autores dos novos factos que resultaram
no controlo de algumas instalações da Igreja Universal.
Em desespero, os bispos brasileiros clamam por justiça e apelam às
autoridades para intervirem neste caso, como nos confirma o
bispo Honorilton Gonçalves.
Para falar sobre o assunto, ouvimos também o
embaixador do Brasil em Angola, Paulino Franco Neto; o Deputado
Boaventura Cardoso; e o analista político, Olívio Kilumbo.
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