O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, adverte que a ordem de Filipe Nyusi, presidente de Moçambique, de perseguir grupos armados que fazem ataques no centro do país vai ter consequências nefastas.
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“Temos que olhar a situação (dos ataques) com uma certa seriedade” diz Simango, sustentando que o governo tem tentado deter a guerrilha, sem sucesso.
“Lembrem-se que nenhuma pessoa conseguiu acabar com a guerrilha, pode-se cantar vitoria hoje e amanhã voltar a cantar guerra” sublinha Simango, que não duvida que os ataques resultam de “acordos de paz mal assinados”.
Ele diz que “não faz sentido que depois de 6 de Agosto, que se assinou o acordo de paz de Maputo, os carros continuem a ser queimados”.
Uso abusivo de armas
E que a ordem de perseguição aos grupos armados é uma “caça às bruxas”, que pode criar uma nova onda de deslocados.
“Não pode haver perseguição” condena o dirigente da terceira força parlamentar, justificando que “vamos perseguir pessoas inocentes, vamos continuar a destruir o país”.
Simango observa que Moçambique precisa de uma nova ordem politica para que haja uma paz definitiva, e insiste que o país “não pode ficar penhorado por ditadores arrogantes”, em alusão aos partidos beligerantes, que fazem “uso abusivo de armas”.
“É preciso criar condições para que este país se reinvente” defende Simango, reiterando o diálogo, com a inclusão de todas as forças da sociedade para uma paz duradoura.