O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira força política do país, vai escolher no segundo congresso que começou nesta terça-feira, 5, em Nampula o seu candidato à Presidência da Republica em 2019.
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No discurso de abertura, o presidente Daviz Simango defendeu a redução dos poderes do Presidente e eleições directas para governadores provinciais.
Mais de mil participantes, entre eles delegados e convidados, como os chamados partidos amigos, CASA-CE, de Angola, e MDC, do Zimbábue, estarão reunidos durante os próximos quatro dias.
O congresso acontece numa altura em que o MDM vive uma crise interna, depois da ruptura do antigo edil de Nampula, Mahamudo Amurane, que anunciou a criação de um novo partido, antes de ser assassinado a 4 de Outubro.
Os congressistas pediram celeridade na descoberta dos autores do assassinato de Mahamudo Amurane, alegando que os cidadãos precisam conhecer os responsáveis.
No seu discurso, Daviz Simango destacou a paz como um problema que precisa ser resolvido com urgência, a situação económica e a segurança dos moçambicanos que podem ter graves consequências.
"Somente uma revisão constitucional pode prevenir problemas" ligados a "conflitos políticos, à economia e à segurança", sublinhou Simango, que defendeu e eleição directa dos governadores provinciais.
O líder do MDM apontou a necessidade de redução dos poderes da figura do chefe do Estado, “pois nenhum Estado moderno encontrou a prosperidade num Governo totalitário”.
“O ano de 2018 será decisivo para democracia em Moçambique, temos que ser a força política capaz de preencher o enorme vazio existente na vida política moçambicana”, concluiu Daviz Simango.
Os congressistas disseram querer ver a democracia interna fortalecida e um partido renovado e transparente com dirigentes humildes que saibam ouvir as bases.
O desafio da formação política criada há oito anos é reafirmar-se como uma verdadeira alternativa política em Moçambique.
Por agora, o partido aposta em Calos Saíde para vencer a eleição intercalar em Nampula, em Janeiro, e manter os municípios que governa na eleição de Outubro de 2018.