A seca prolongada e a queda do valor da moeda sul-africana face ao dólar aumentam o custo de vida em Moçambique, um país que depende largamente de importações de produtos básicos de consumo da África do Sul.
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A presidente da Associação dos Empresários moçambicanos na África do Sul, Amélia Muthisse, apela para a redução de taxas aduaneiras de produtos de primeira necessidade em Moçambique.
Para Muthisse, o Governo pode aumentar taxas aduaneiras dos produtos de luxo, bebidas e cigarros, aliviando a carga fiscal em produtos básicos.
Pelo menos cinco das nove províncias da África do Sul foram declaradas zonas de calamidade natural relacionada com seca.
O abastecimento de água em alguns centros urbanos é feito com restrições.
Três das cinco províncias fazem fronteria com Moçambique e todas são grandes produtoras de milho, arroz, cebola, tomate e batata.
A situação é agravada ainda pela queda vertiginosa da moeda sul-africana, o rand, face ao dólar que afecta igualmente de sobremaneira o metical moçambicano.
As importações tornaram-se assim muito caras para Moçambique.
Para Jonas Sitoi, analista político-económico moçambicano radicado na África do Sul, a solução é produzir alimentos em casa porque a crise monetária eé global.
Moçambique tem cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, mas depende largamente de produtos agrícolas sul-africanos.