A nomeação de Gerdina Ulipamwe Didalelwa para governadora do Cunene foi recebida com ceticismo por alguns mas contentamento por outros que vêem no acto a correcção de uma injustiça de carácter tribal.
Didalelwa foi nomeada após o presidente João Lourenço ter exonerado segunda feira Sérgio Leonardo Vaz que havia sido nomeado para o posto seis dias antes. Vaz não havia ainda tomado posse quando foi afastado pelo próprio presidente.
Segundo uma nota da Casa Civil, a medida deve-se ao facto de ter sido constatado, após a nomeação, “existirem situações que estão a ser tratadas pelas entidades competentes e que desaconselham a posse do dirigente”.
O advogado Horácio Jujuvile disse que Vaz “tinha alguns problemas com a justiça” mas também não elaborou
Jerónimo António, empresário da Província do Cunene disse à VOA que a figura escolhida não oferece garantias para a dimensão dos problemas da Província do Cunene afirmando que a nomeação foi feita para satisfazer a vontadedos corredores partidários.
Gerdina Didalelwa é viúva do antigo governador António Didalwela e alguns residentes do Cunene disseram estar satisfeitos pela nomeação alegando tratar se de um caso de justiça étnica.
Jerónimo Hifwanghoto, natural do Município do Kwanhama-Ondjiva Capital do Cunene, disse que o povo está satisfeito com a restituição da província “nas mãos dos filhos da terra depois de muitos anos de domínio dos Nhanecas Humbi desde 1977”.
“Vale mais um da terra do que um outro qualquer”, disse afirmando ter havido uma série de governadores da etnia Nhaneca que “ficou muito bem acomodada”.
“Agora com a nomeação de um Kwanhama alguns ficaram com ciúmes”, acrescentou