O governo impõe medidas de austeridade e especialistas consideram que o país vive uma crise de tesouraria e falta planificação. Para falar sobre o assunto, ouvimos a Ministra das Finanças, Vera Daves, o economista Nataniel Fernandes e o político, Manuel Fernandes.
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O crescimento da economia angolana continua com indicadores de estabilidade de acordo com o discurso das autoridades e as projeções de algumas instituições internacionais.
Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística, a inflação mensal tem, de facto, reduzido ligeiramente nos últimos meses, ao passar de 2,61 por cento, em abril, para 2,49 e 1,68 por cento, em maio, junho e julho do corrente ano.
No entanto, segundo o jornal “Valor Económico” , a falta de dinheiro e a obrigação de pagar dívidas, levam o governo angolano a tomar medidas de contenção. O jornal acrescenta que os ministérios e organismos do estado angolano, incluindo os governos provinciais e empresas públicas, estão obrigados a reduzir as despesas.
Para as nossas fontes, o financiamento à economia e à produção interna, mais do que os dados estatísticos, é importante o efeito real na economia dos financiamentos ao sector produtivo.
Entretanto, de acordo com os economistas em Angola, o custo do serviço da dívida é o principal desafio das autoridades angolanas, um compromisso que tem vindo a asfixiar as contas públicas e a deixar as empresas e as famílias em desespero.
O que ninguém assume, nesta altura, segundo alguns analistas, é se o país está em bancarrota ou à beira desta realidade com as dificuldades que o governo tem vindo a demonstrar para satisfazer as necessidades da população.
Para agravar ainda mais as incertezas da economia angolana, a ministra das Finanças anunciou, na semana passada, que podem ocorrer mais atrasos no pagamento dos salários da função pública e justificou estes atrasos devido à falta de recursos. Além disso, Vera Daves disse que há questões relacionadas com a dívida externa e o endividamento, tanto interno como externo.
Vera Daves fez estas revelações em conferência de imprensa no final da reunião da comissão económica do conselho de ministros, durante a qual foi honesta sobre o risco que há quanto aos atrasos no pagamento do salário.
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