Fazendeiros na Huíla defendem uma maior aposta do Executivo e da banca na criação do gado para incentivar a produção nacional de carne e diminuir importações.
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Para alguns fazendeiros, o país tem potencial para começar a produzir carne em grande escala devendo para tal haver uma séria aposta do Governo e da banca.
O fazendeiro Carlos Damião reconhece que o gado é um investimento de risco cujo negócio precisa de ser compreendido pelo investidor.
“Os bancos têm algumas reticências porque é preciso compreender este negócio”, disse Damião, para quem uma vaca para dar algum rendimento demora no mínimo quatro anos. "É um negócio de algum risco que é preciso esperar e ter paciência”, acrescentou
Para o fazendeiro José Brasil, Angola está em condições de começar a produzir carne de qualidade com a melhoria do efectivo do gado por via do cruzamento de raças. As experiências em curso em algumas fazendas provam esta teoria.
“Um animal tradicional que nós andamos três, quatro anos a criá-lo pronto a ser abatido vai nos pesar de140 a 200 quilos de carcaça e estes animais melhorados com dois anos vai buscar esse peso. Temos mais dois anos de graça que pode se fazer outros animais”, explicou Brasil.
Por sua vez, o presidente da cooperativa dos criadores de gado de Angola Luís Nunes acredita nos incentivos do Governo para a produção de carne, mas alerta que o fim da importação passa antes de tudo pela criação de animais.
Os fazendeiros na Huíla pronunciaram-se à margem da 11a. Feira Agro-Pecuária realizada recentemente na cidade do Lubango, cujo volume de negócios chegou a atingir 1.5 milhões dólares através da organização de dois leilões de gado.