COVID-19: São Tomé e Príncipe, país lusófono em África com mais mortes em confinamento obrigatório

As autoridades de São Tomé e Príncipe revelaram que mais uma pessoa morreu devido ao novo coronavírus, aumentando para quatro o número de óbitos, enquanto os casos ascendem agora a 187, mais 13 infetados do que na segunda-feira, 4.

Your browser doesn’t support HTML5

COVID-19: São Tomé e Príncipe, país lusófono em África com mais mortes em confinamento obrigatório

Com esta atualização, o país passa a ser o segundo lusófono em África com mais casos, a seguir à Guiné-Bissau, com 475, mas com o maior número de mortos.

Guiné-Bissau, Cabo Verde e Angola registaram duas mortes cada.

Veja Também COVID-19: "Alô Vida", linha telefónica em Moçambique tira dúvidas sobre doença

O ministro são-tomense da Saúde, Edgar Neves, disse que na segunda-feira foram realizados 35 testes rápidos, dos quais 22 foram negativos e 13 positivos.

O governante revelou haver crianças entre os pacientes, mas que, como as demais pessoas infetadas, estão nas suas casas, sendo, na sua maioria, casos assintomáticos.

Veja Também COVID-19: Casos ascendem a 413 e há mais de 500 amostras à espera na Guiné-Bissau

Neste período só os funcionários dos serviços essenciais e de setores de alimentação ficam de fora desta restrição.

“Uma medida difícil para um país onde a maioria da população trabalha para se alimentar no mesmo dia”, considera Óscar Baía, presidente da Associação Sãotomense dos Direitos Humanos.

Perante o aviso das autoridades de que quem não cumprir o confinamento obrigatório incorre em crime de desobediência, Baía prevê que muitas pessoas vão ser detidas nas ruas.

"E o pior é que que essas pessoas são detidas e colocadas numa mesma cela. Se elas não apanham o vírus na rua correm o risco de ficarem infectadas nas celas”, acrescenta Óscar Baía, que apela o Governo a “por em prática as anunciadas medidas de apoio financeiro a determinados setores da sociedade, entre eles taxistas e motoqueiros de modo a minimizar o sofrimento das famílias”.

Veja Também COVID-19: Donald Trump admite até 100 mil mortes nos EUA