A renovação do estado de emergência que termina amanhã, 17, divide opiniões em Cabo Verde no que toca ao seu alargamento a todo o território nacional.
No sector politico-partidário, a oposição entende que nas ilhas onde não haja casos confirmados da Covid-19 deve-se dar alguma abertura para a retoma da economia local, enquanto o partido no poder considera que a renovação deve ser de abrangência nacional.
Para o economista Agnelo Sanches, o país está obrigado a adotar as melhores medidas no sentido de prevenir o alastramento da doença, mas entende que o "estado de emergência não pode significar a interrupção do funcionamento da democracia".
Assim como o Governo, Sanches defende o normal funcionamento dos demais órgãos de soberania nomeadamente o Parlamento, "sem esquecer a necessidade da retoma gradual da economia nas ilhas sem o registo de casos positivos do coronavirus".
Por sua vez, o analista político António Ludgero Correia é defensor da renovação do estado de emergência em todo o território nacional até 3 de maio.
A partir dessa data, Correia afirma que se poderá iniciar uma abertura gradual para a retoma do setor económico, mas tendo sempre em atenção a questão do distanciamento das pessoas, para evitar a propagação do vírus.
"Penso ser fundamental ter isso em devida conta, já que temos muitas festas religiosas e outras em maio, junho e julho propícias para ajuntamento de pessoas", adverte o analista politico.
O Presidente da Republica Jorge Carlos Fonseca anuncia às 13 horas locais a sua decisão.