COVID-19: Organização revela que 127 jornalistas morreram devido à pandemia em três meses

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Jornalistas argentinos, Buenos Aires, 3 de março

A organização não governamental Press Emblem Campaign (PEC), em tradução literal em português Campanha Emblema de Imprensa, revelou que pelo menos 127 jornalistas morreram entre 1 de março e 31 de abril devido à pandemia da Covid-19, dos quais quase metade na América Latina.

Pelo menos dois terços das mortes estão diretamente ligadas à atividade profissional, mas a organização com sede em Genebra, na Suíça, alerta que o número real de profissionais mortos na pandemia pode ser maior.

A América Latina lidera a lista com 62 mortes, seguida da Europa com 23, Ásia, 17, América do Norte, 13, e África, com 12.

O Brasil é o segundo país com mais vítimas, 13, juntamente com o México, enquanto o Perú teve 15 mortes e os Estados Unidos, 12.

No continente africano, Camarões regista até agora quatro mortes, Argélia tem duas, enquanto Nigéria, Egito, África do Sul, Togo e Zimbabwe registaram uma vítima mortal cada.

"Os trabalhadores de comunicação social têm um papel importante a desempenhar na luta contra o novo vírus, precisam de informar sobre a propagação da doença, mas vários morreram devido à falta de medidas de proteção adequadas no exercício da sua atividade", escreveu o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, no documento divulgado na página da organização, www.pressemblem.ch, nesta terça-feira, 2.

A PEC acrescenta que centenas de outros jornalistas foram contagiados com a doença, que também forçou o encerramento temporário de vários meios de comunicação.

Com estatuto de membro consultivo da ONU, a PEC foi fundada em 2004 por um grupo de jornalistas de vários países, como organização independente e sem fins lucrativos.

O principal objetivo é reforçar a proteção e segurança de profissionais da imprensa em áreas de conflitos e missões perigosas.